segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fardo














FARDO

Quanto ele acordou, não viu mais ninguém. Todos haviam ido embora. Até o gato que rondava o caixão, tinha se escafedido. As flores murcharam todas. Os castiçais ficaram todos remelentos, com vela escorrendo até as bases de madeira. O chão, já encardido pelo tempo, ficou todo espezinhado com marcas vermelhas do barro da rua. A chuva dera uma trégua, afinal. O sol tinha ido embora deixando um alaranjado diferente, por detrás da serra. Ele se levantou e foi sozinho pro cemitério. Lá chegando, procurou uma catacumba aberta. Rezou um pai-nosso e uma avemaria e, finalmente, enterrou-se, descansando, por fim, do fardo que carregara por longos 65 anos.

8 comentários:

Anônimo disse...

ma che fardo??
A ryana uma vez me falou que "um título sobrevoa do início ao fim do poema". É legal aproveitar então esse espaço que o título dá para sugerir até outras possibilidades, não bater na mesma tecla no final.
Se bem que se a inspiração para isso não vier, é melhor não forçar, né?

E o prêmio de doença ocular é óoooootimo!
terça no mercado, vc vai?
abraçon!

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Talvez eu concorde com essa tese, mas devo dizer que me enche o saco ficar atrás de coisas que não são visíveis aos olhos ignóbeis do autor, um verdadeiro fardo, nêgo!

Terça insana? Claro que vou!

Laura_Diz disse...

Hélio, qto ao título, acho que o autor pode usá-lo como quiser, até para reforçar uma idéia. Eu faço isto, se fica fechado? fica, mas e dai?
Engraçado, eu não sabia disto assim em teoria, apenas sentia.
Não sou boa estudante.
Enzo, nã se aborreça, é apenas uma opinião, sou ignoranteno assunto.
Abs, Laura

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Pois é, Laura eu tbm acho, contudo deve ter algumas regras que pra mim são novas e que ainda não consigo adotá-las...mas será que devo?!

Anônimo disse...

Hélius é gente que faz, já fez, ou vai fazendo, e vai fazer ainda mais. O que não se sabe é essa medida entre o fazer e o realizar, que é muito sutil, se é que você me entende... Agora, esse pessoalzinho que faz, putzgrila! Dezmilivre!! Vaderetrô!

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Euzinha do Arco! Que bom tê-la again nesse muquifo, nêga!

Só tô fazendo o que a verdade me pede, neguinha! rssss

Anônimo disse...

ai.. que papinho mais chato...

hahahhahaha

saudades seu coisa... não ligou e não foi no mercado...

bobo...

bjão

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Pois, Kmilla! Chuvas mil, Sol em abril! Num deu, minha querida, gato escaldado tem medo de chuva! hahaha
bjos e espero que voltes logo! Ah, dá pra trazer pra mim as curvas de Santos, dá?