
La Belle Cuisine
A primeira vez que Ariosto deu foi para Luís. Luís morreu! Todos morreram com a comida que Ariosto fez. Inclusive, Ariosto, mas sua gata Bixa, não comeu e sobreviveu.
MUITO TEMPO SEM CARNAVAL DÁ NISSO!
O carnaval se aproxima mais e mais, enquanto a cidade ainda dorme. Um silencio mortal ainda se escuta pelos becos estreitos da cidade que nasceu morta.
Durante o carnaval, extravasar será a ordem do dia. Tudo passará despercebido nos dias que se seguirão aos festejos momescos. Somente serão lembradas as coisas insignificantes, sem nenhum valor prático ou ético como no parlamento.
As máscaras tomarão as ruas; tanto as relacionadas ao caráter, quanto as postiças, feitas por mãos caprichosas de milhares de artesãos politicamente analfabetos.
Os corpos suados e cansados, se misturarão num amalgama carnal sem precedentes – pelo menos com relação ao carnaval do ano passado.
Alcoolizados, topados ou não, os foliões venerarão os deuses da luxuria e da traição. E, lá de cima, eles, durante três dias, jogarão seus poderes sobre esses minúsculos seres, animais ditos inteligentes e os usarão como puras marionetes, cobaias de seus caprichos.
O carnaval está chegando; as trombetas tocarão em seu louvor e os abre-alas adentrarão fogosos, com suas plumas e paetês nos salões e avenidas e cantarão em alto e bom som: Alalaô, ôôô, ôôô!
Finalmente, chegará a quarta-feira e fim da tranquilidade!
Fim do carnaval que não teve!
UM POEMA PROFUNDO
Não, não apareças mais.
Estou contigo desde o início.
Fica onde estás.
Pra quê aparecer se
O que querem
É fazer escárnio de ti;
Humilhar-te, tornar-te
Coisa de circo, pra não dizer
De laboratório
Em experiências fúteis.
Querem deixar-te dessecado em exposição
A 20 miseráveis euros por cabeça.
Não, não venhas à tona, amigo.
O melhor é ficares onde estás.
Profundo,
Guardado a salvo dentro
De teu lago escuro e fundo,
Dentro de teu mundo,
Ness.
Aqui estão alguns pensamentos de Hassan Kareem Hassan, um poeta viajante árabe do século 19 ( não existem dados acerca de quando ele nasceu, nem de quando ele morreu):
"O tempo não me assusta. O que me assusta é o medo que eu tenho dele."
"Definitivamente, recuso-me a olhar aquilo que não posso ver."
"A força de um homem, não se mede pelos seus músculos, mas pelos seus medos! "
"Quando eu morrer, direi: Agora Alá morreu pra mim!"
"Quando ao passar, você deixar cair uma tâmara na areia do deserto, não lamente em tê-la perdido, pois ela poderá ser a sombra que você irá precisar mais tarde."
"É preferível o sucesso do fracasso, ao fracasso do sucesso!"
(Desculpem, mas este último pensamento, não pertence ao poeta Hassan Kareem Hassan, mas sim a um bambambã do showbis de Xangai do anos 50 chamado, Zhong Lee Chau, proprietário da famosa boate Xangay)