quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A menina que roubava livros para comprar drogas
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS PARA COMPRAR DROGAS
Jasmine tinha 15 anos. Abandonara o colégio sem terminar. Seus pais não a controlavam. Desistiram. Ficou por isso mesmo. Contudo, por um motivo, eles tinham orgulho dela: Jasmine gostava de ler.
Por onde passava, Jasmine pegava revistas, jornais e, claro, livros e os levava para casa. Tinha uma senhora coleção de livros para uma jovem de sua idade: de Tolstoi a Saramago.
Jasmine gostava das baladas. Fazia de tudo para não perder uma. Não eram bailes funk, não; eram shows com Paralamas, Titãs e Engenheiros do Hawaii. Era claro o seu bom gosto.
Só tinha um senão: Jasmine, com aquela idade, já tinha experimentado maconha e, claro, ecstasy. Os dois lhes foram apresentados por Gabrito, um garotão que estudara com ela e com quem Jasmine tinha ficado uns tempos. Gabrito continuava a lhe fornecer a droga e, em troca, ganhava uma transa com Jasmine. Ela só era inflexível numa coisa: o uso de camisinha! “Ou bota camisinha ou não tem negócio!” - dizia ela com firmeza.
De repente, a vida de Jasmine deu uma guinada para a esquerda. Ela se viu sem seu pai, que morrera atropelado quando voltava do trabalho. Sua mãe teve que se arranjar como pôde e Jasmine deixou de ganhar a mesada que sustentava, não só seus livros, como também a sua maconha e o ecstasy. A partir dali, tudo começou a desmoronar diante daqueles olhinhos castanhos e miúdos. Assim, não resistindo, Jasmine resolveu continuar alimentando os mesmos caprichos. Começou a vender os seus livros. No início, não conseguia vendê-los com facilidade, mas depois pegou o jeito e logo não havia mais livros pra vender.
Sem ter mais de onde tirar o dinheiro pra drogas, ela resolveu roubar livros. Primeiro, ela os lia e depois os vendia. Não tinha livraria que a intimidasse. Qualquer uma poderia ser uma vítima em potencial. Só que, depois de um tempo, passou a ser visada pelos seguranças. Um dia, ela foi pega com três lançamentos embaixo da blusa e foi presa.
Jasmine foi para a antiga FEBEM, para desgosto de sua mãe, que chorou muito.
Na entidade, logo ganhou a simpatia de todos. Da noite pro dia, ela montou uma pequena biblioteca. E começou a influenciar suas colegas a tomarem gosto pela leitura. Conseguiu.
Quando Jasmine, finalmente, deixou a casa de correção, decidiu escrever um livro que contasse sua experiência de vida. Ela mesma o intitulou de: “A menina que roubava livros para comprar drogas”.
O livro vendeu que nem banana em feira. Com a grana das vendas, Jasmine mudou de vida, para felicidade de sua mãe... Bem, nem tanto assim: não deixou de fumar maconha, nem de tomar ecstasy ou, muito menos, de afanar uns livrinhos de vez em quando.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
9 comentários:
ENZO JÁ CHORANDO DE RIR COM O TÍTULO!!!!!!!!!!!!!!!!!
deus do ceu, não consigo parar
hahahah! Enzo chorando?! Isso num existe! hahahaha
"Um dia, ela foi pega com três lançamentos embaixo da blusa e foi presa."
enzo rolando de tanto rir/chorar pelo chão, pedindo golpe de misericórdia!!
dá uma paulada na cabeça dele, ora! Vai tremer um pouquinho e depois pára e começa a dançar o funk da Mulher Filé! rssss
hshsahahahahahahahahahaahahahahahahahah
filipei damov
fiquei com medo do fim da história, que poderia ser assim:
então ela roubou o livro do suicida e bom é o fim da historia
hahahahah
Einverstanden!
visto! muito digno!
gostei dos patrocínios!!
abraçon
Valeu, Estrela Polar, espero que vc tenha a mesma oportunidade de têlos no seu blog... A propósito, qual o seu (sua)? O Enzo nunca mencionou vc como sendo uma assidua do blog dele. Você não é afeito(a) a esse tipo de espaço? Gostei muito de suas interferências...Pra que time vc torce? Qual o livro do século pra você? Qual o seu diretor preferido? Você prefere sardinha ou atum elentado?... Wella ou Koleston? ah, deixa pra lá....Valeu, anyway.
Postar um comentário