domingo, 2 de fevereiro de 2014

Roendo Savage




















Gente boa desse mundinho espoliado, maltratado e dividido, estou quase terminando “Cartas de um escritor solitário” de Sam Savage (Ed Planeta). Por quê estou me antecipando? Nem terminei o livro e já estou rasgando elogios o excelente trabalho desse sul californiano. O livro revela-nos a vida maçante e sem graça de um editor e escritor de nome Andrew Whittaker, o Andy para os mais chegados. Como diz a sinopse “a vida de Andrew Whittaker está desmoronando. A revista literária que dirige está a um passo da falência, os prédios que administra estão caindo aos pedaços e sua mulher o deixou. No entanto, Andrew não desiste. É uma máquina de criar projetos, ilusões e devaneios.” E por ai vai. As cartas trocadas com sua ex-mulher, irmã, inquilinos em geral, além de pequenos avisos comum dos “landlords”, fazem da leitura um grande prazer e algumas risadas relaxantes são um plus a mais. - que dá para se antecipar nos comentários - O texto de Savage passeia pelo tragicômico como vaselina no dedo de um urologista.  A capacidade de Savage de ver uma vida miserável com humor e toques de ironia, é mesmo incrível. Aliás, é sua marca registrada.

Bom, você deve estar ainda curioso por que me antecipei nessa pequena análise do livro sem mesmo tê-lo terminado. Eu respondo: é que estou me coçando para adquirir o livro mais famoso de Savage: “Firmin” (Ed. Planeta). Trata-se da história de um ratinho que sobrevive roendo páginas e páginas de livros. “Filho de uma mãe alcoólatra e boêmia e criado no porão de uma livraria em um bairro antigo de Boston.”Isso é mesmo wundebare!

Onde é que eu estava que ainda não tinha sido apresentado a Sam Savage. Minha sorte é que, vasculhando um sebo de Balneário Camboriú, achei “Cartas de um escritor solitário”. Mas os meus problemas acabaram! Esta semana mesmo comprarei “Firmin”, o pequeno devorador de livros! E olha que eu tenho asco a ratos!

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