sábado, 22 de novembro de 2008

Um ponto negro sob um céu cinza


















UM PONTO NEGRO SOB UM CÉU CINZA

Lá ia ele, de um lado da rua
Roupa acetinada,
Preto, retinto, um luto só.
Esqueleto de aço! Diriam conhecedores.
Madeira de lei ao cabo.
Sombreando, por onde passava.
Vento forte de reverso, a luta insana.
Nenhum tombo; a salvo, pois
Centrado como ninguém.
Seguiu firme sobre a tormenta
Diria um poeta”...a rain of umbrellas falls over our heads.”
Foi indo o Guarda-chuva
Solitário e corajoso.

Um ponto negro sob um céu cinza.

4 comentários:

Anônimo disse...

hahaaha a placenta cachoeirou... adorei o comentário!!!
abraçon

(se naõ fosse o tempo de Cem Anos de Solidão, a gente já teria discutido o universo no mercado púbico durante a semana)

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Discutir o universo? Mais que isso: discutir o muito além dos buracos negros, mano!

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Onde se meteu o Capitão Benjamim!

Rubens da Cunha disse...

Belo poema, beleza em meio à tragédia. Espero que vc esteja bem