terça-feira, 21 de outubro de 2008
Pequeno curto
PEQUENO CURTO
Ela pintava e bordava. Pintava mais que bordava. Bordava menos que pintava. Traquinas ela era. Dava pras cores. Lambuzava-se. Melava-se. Tintas da cintura aos pés. Olhava-se depois no espelho. Azul; Verde; Lilás. Rosa. Que Rosa? A rosa rosa, não a vermelha, mas a rosa.
Pintava o sete. Também o oito. Sabia ler, escrever então. Sabia. Sabia? Qualquer um que chegasse. Pintava e sabia.
Com quem andava ela? Comigo, contigo. Com eles, ora! Tinhas os pés descalço, tu lembras? Sapatos? Todos. Vergonha? Nenhuma. Bendita seja.
Sozinha ia para a missa. Que missa? A missa. Aquela que hora se esvai e vai. Ninguém sabe quando. Não chora. Não mia. Mia? Sim. Tomada de desejo. Tomava o desejo. Bebia. Tomava. Bebia. Foi-se então embora. Embora fosse só. Apenas a mãe de um amigo. Vivera a mãe. Nunca mais voltara. A mãe? A mãe.
Chegou! Cagara certa vez. Igual. Parece que sim. Sim parece.
Vamos menina. Pra sua casa. Lá é a terra prometida. Nem casca, muito menos ferida. Ferida? Sim. Combalida, mas viva. Então viva.
Vamos comemorar, então.
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4 comentários:
oi hélio... tentei do meu micro e conectou a entrevista, do note da grasi também... talvez tenha sido algum problema do site da rádio, que isso tb acontece... ah, teu site tá porreta de bonito homem...
Então, Mauro, são coisinhas da net, né? Acho que tbm é o meu comp. Vou tentar mais vezes.
Obrigado pelo elogio ao blog! Isso pode ser uma faca de dois gumes; bonitinho, mas ordinário!rss
Hélio,obrigada oela visita.
Gsotei deste seu pequeno conto. Ainda não te vi lá na Cultura.
Sorte para nós.
Mora em Recife, é?
um abraço, Laura
Olá, Laura! Obrigado tbm pela visita.
Estou na Cultura com UM PAR PERFEITO e outros.
Não, atualmente, vivo em Itajaí, Santa Catarina.
abração e volte sempre
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