domingo, 12 de outubro de 2008

Um conto de boca suja sobre um dia de calor da porra!

















UM CONTO DE BOCA SUJA
SOBRE UM DIA DE CALOR DA PORRA!



A porra do sol já queimava as moleiras dos filhos da puta que trafegavam a merda da principal avenida da josta da cidade, logo nas primeiras horas da manhã.

Nenhum corno de bom senso sairia de casaco naquela manhã, mas o idiota Odorico Gabão, saiu. O degenerado funcionário público de uma figa, perto de obter as benesses da porra da aposentadoria, suava feito um condenado dentro do bonde.

O jornal que o fresco havia comprado na birosca, perto de onde tomara o caralho da condução, já se mostrava roto de tanto que ele o sacolejava, abanando-se. Flap, flap...

A bosta do bonde, pra variar, estava lotado. Caralho! Todo dia era assim! Um bando de palermas se amontoava: um enfiado no cu do outro; os mais baixinhos cheiravam os sovacos fedorentos da porra do vizinho mais alto; os mais sacanas e espertos se esfregavam nas bundas das vadias das serventes, enfermeiras e secretárias, todos de pau duro, enquanto as vadias fingiam não estarem sentindo a dureza das pirocas enrijecidas em seus rabos.

Odorico continuava se abanando feito um viadinho das cortes francesas, atormentado pelo infeliz calorão que torrava toda a porra da cidade. O bonde sacolejava com os diabos, agora trafegando pelas ruas estreitas do centro: sai beco entra beco.

Um caralho de um cão vadio, não se sabe de onde saiu o filhote de cadela, atravessou-se à frente do bonde e o gangrenado do motorneiro, filho da puta, acionou a porra do freio, fazendo com que a rafaméia toda se movimentasse bruscamente para a frente do carro. Uma gritaria de foder qualquer ouvido normal começou e o populacho trabalhador, começou a se empurrar.

Odorico, que estava agarrado com uma mão só na porra da argola de couro, perto de uma das saídas do coletivo, se soltou e foi bater de cara no ferro central que ficava no meio do carro. O cacete do jornal, que já estava todo esfarelado e carcomido pelo suor do infeliz Odorico, virou pó de tanto o babaca chacoalhar na afetada abanação! Aliás, o jornal não tinha mesmo nenhuma serventia, pois era apenas para o corno fazer fita todas as vezes que ele chegava à espelunca onde ele se fodia há anos trabalhando.

Odorico voltou desequilibrado, quando a porra do motorneiro acionou a alavanca de movimento à frente, só que o filho de uma égua exagerou na dose, fazendo outra vez a corja se jogar, desta vez para trás da carruagem eletrificada.

Odorico não agüentou o solavanco e caiu em cima de uma funcionária dos correios. A mocréia levou uma pancada na caixa torácica tão violenta, que deu um berro do caralho, de tanta dor que a condenada sentiu. Em seguida, a putinha das missivas ainda teve reflexo de dar uma porrada com a bolsa, contendo duas marmitas cheinhas de uma gororoba lotada de sebo, nas fuças de Odorico, que lhe tirou a ponte fora. O artefato bucal fora pago com dinheiro tomado de um carcamano agiota judeu, acostumado a vitimar os infelizes colegas de repartição do infeliz Odorico Gabão.
O material dentário foi jogado para fora da porra do bonde para desespero de Odorico que, num reflexo digno de um Capitão Marvel, jogou-se em seu encalço.

Jogado no asfalto, o infeliz das costas ocas alcançou a ponte antes que a mesma caísse na merda do bueiro repleto de dejetos. Feliz da vida, o bosta do funcionário público não teve dúvida: foi logo colocando a perereca na boca. A princípio, o imbecil sentiu o craquear de areia por entre seus dentes reais, machucando suas desniveladas gengivas, pressionadas pelo palato de metal da merda da ponte.

O traste levantou-se e viu o cacete do bonde indo embora, remexendo sua traseira de um lado pro outro, em cima dos trilhos irregulares da via.

Odorico se recompôs e, ao olhar pra frente, deu um sorriso largo, ao ver que ele estava bem em frente a sua repartição, só não sabia que um dente da merda da ponte, havia se desprendido, deixando uma garagem vazia à mostra. Odorico seguiu apressado e entrou no prédio, já que faltavam apenas cinco minutos para ele bater a porra do ponto para mais um cacete de um dia desgraçado de não fazer nada!

3 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Pessoal, tem um novo filme no Cine Cubancheiro! Trata-se de "O Bebê de Rosemary" de Roman Polanski, com Mia Farrow, a ex de Woody Allen.

Pipocas, êba!

Anônimo disse...

Legal!
É do caralho!...rsrs...

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Dá porra, mesmo, né Gerd? Tbm acho.