quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tributo à Gabriela de Deus



TRIBUTO À GABRIELA DE DEUS


Na terra existiu uma mulher
Seu nome era Gabriela de Deus; nem flor, nem canela
Somente pele e osso, somente Gabriela.
Gabriela era feia, sem eira nem beira
Ninguém pagaria pra tê-la
Regateira, ela chafurdava no mato e no chão.
Dormir não podia, só bebia e fodia
Por fim, caia tonta no canto, num vão.
Acordava um farrapo, suada e nua.
Levantava e saía moribunda pra rua
E ouvia de todos os mais vis gracejos raivosos
“Lá vai ela, a feia cadela! Rebola essa bunda Gabriela!
E lá ia a rapariga de boca roxa e pele amarela
Quase mancando rebolando suas ancas magricelas.
Tadinha, pobre Gabriela de pernas frágeis e fracas
Pelas ruas na noite, lá ia ela a puta Gabriela.
Que além de rota ainda era corcunda.
De tudo dela diziam, pobre mulher moribunda.
Um dia morreu Gabriela sozinha, abandonada.
E pro céu um anjo a levou.
Perguntaram ao anjo o porquê a estava levando.
Ele sorrindo disse que Deus dela gostou.
Hoje, todos rezam pra Gabriela;
A puta que Deus pro céu levou!

5 comentários:

Anônimo disse...

ai ai... Gabriela... a verdadeira história da mulher que pra mim tinha cor de canela... bom, é o que vovô dizia né... hehhheheh... olha que não sou muito fã de rimas, mas essas Hélinho, me comoveu... hehehehee sacou... morô... hehehhee

bjos

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Cami, meu docinho de coco, rimar é como um bonde que vai sempre pros lugares diferentes, mas pelos mesmos trilhos, entendeu?

Como estás? Já podes tomar uns tragos?

bezitos
Hélio

Anônimo disse...

entendi.. qula trilhom estarás minhas rimas então?! hehehhehe...
e não ainda na seca, acredita... só admirando as tragadas alheias... e cheirando copos... hahahaah... sudades, quando será que nos encontraremos de novo... tá difícil né!!!!

bjos querido

Sandra Knoll disse...

demorou helinho!

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Que pena, Cami. Mesmo assim, vamos cheirar uns copos por aí?

Pois é Sandra, mas nem tanto, né?