terça-feira, 22 de julho de 2008

O Suicida, segundo um poema de Jorge Luis Borges

O Suicida


Não restará na noite uma estrela.

Não restará a noite.

Morrerei, e comigo a somado intolerável universo.

Apagarei as pirâmides, as medalhas,os continentes e os rostos.

Apagarei a acumulação do passado.

Transformarei em pó a história, em pó o pó.

Estou mirando o último poente.

Ouço o último pássaro.

Deixo o nada a ninguém.


Jorge Luis Borges

( trad. de Renato Suttana)

2 comentários:

Unknown disse...

Oi amado Helinho...depois de me divertir tanto contigo em minhas "espionagens" no blog do Felipe, não resisti e aqui invadi também...
Pensei cá com meus botões...qual será o tal blog? quando vi Cubancheiro não tive dúvidas...hehe..e aqui estou..bjoss e boas inspirações..

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Brigadôôôô!

Pois é, pois é, cá estou. Espero que tenhas gostado. Por favor seja mais frequente neste espaço dileto e contente da blogueria emergente! Hahaha.

Valeu Karla!
bjos!

PS: Tá e falando em inspirações num é que vc me inspirou uma! voi colocar daqui mais um pouco, aguarde!