sábado, 1 de março de 2014

São poucos os que ainda tem vergonha na cara!

Gente, olha só que coisa boa e corajosa, escrita por quem tem respeito a verdade e que não se deixa levar pelo estrelismo fácil ofertado pela mídia para aparecer. 

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Silvia Viana ao pedido de entrevista: na ‘Veja’ a linguagem nasce morta

da Carta Campinas
‘Preferiria não’: a resposta da socióloga Silvia Viana ao pedido de entrevista da Revista Veja

Veja a resposta da socióloga Silvia Viana, autora de “Rituais de sofrimento” à revista Veja. Ao final ela conclui ao estilo do personagem de  Bartleby (o Escrivão), do escritor Herman Melville: “prefiriria não”.

Procurada pela segunda vez pela revista semanal ‘Veja’ para uma entrevista sobre o BBB14, a socióloga Silvia Viana, disse ao jornalista:

Silvia Viana Os segredos da revista Veja

“Respondo seu e-mail pelo respeito que tenho por sua profissão, bem como pela compreensão das condições precárias às quais o trabalho do jornalista está submetido. Contudo, considero a ‘Veja’ uma revista muito mais que tendenciosa, considero-a torpe. Trata-se de uma publicação que estimula o reacionarismo ressentido, paranoico e feroz que temos visto se alastrar pela sociedade; uma revista que aplaude o estado de exceção permanente, cada vez mais escancarado em nossa “democracia”; uma revista que mente, distorce, inverte, omite, acusa, julga, condena e pune quem não compartilha de suas infâmias – e faz tudo isso descaradamente; por fim, uma revista que desestimula o próprio pensamento ao ignorar a argumentação, baseando suas suposições delirantes em meras ofensas.
Sendo assim, qualquer forma de participação nessa publicação significa a eliminação do debate (nesse caso, nem se poderia falar em empobrecimento do debate, pois na ‘Veja’ a linguagem nasce morta) – e isso ainda que a revista respeitasse a integridade das palavras de seus entrevistados e opositores, coisa que não faz, exceto quando tais palavras já tem a forma do vírus.
Dito isso, minha resposta é: Preferiria não.

Atenciosamente, Silvia Viana
(facebook da Boitempo Editorial)

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