Pessoal, estava eu fuçando uns jornais online quando me deparei com essa matéria, assinada por Homero Fonseca, um intelectual pernambucano. Achei muito interessante o depoimento do autor cubano Juan Gutierrez. Confiram e comentem se forem capazes!
A NECESSIDADE DE SER UM POUCO IGNORANTE
(Matéria de Homero Fonseca / InterBlogs /04 de Agosto de 20011 às 12:23- Foto: Ana Fonseca)
Pedro Juan, apresentado pelo locutor que vos fala, na Bienal de PE/2009
Pedro Juan Gutierrez, o autor cubano que esteve na última Bienal do Livro de Pernambuco, me manda de Havana uma entrevista recente dele à revista eletrônica de cultura espanhola Culturamas.
Excelente, precisa, clara a fala desse “animal tropical” que desmistifica… muita coisa. A começar pela vida em Cuba, sempre literariamente tratada.
Pincei uns trechos antológicos da entrevista:
“Escreve-se por assombro. Eu, ao menos, escrevo sempre a partir do assombro. Um costume que seguramente obtive fazendo jornalismo durante 26 anos.”
“Pensar é um luxo. Poucas pessoas neste planeta pensam. Com critérios próprios, esclareço. Por isso, os políticos de todas as épocas e em todos os países temem os escritores, os intelectuais, os filósofos. E os reprimem ou lhes dão prêmios, para calá-los e torná-los gratos. Somos uma espécie perigosa. Eu já rejeitei prêmios para que não me fodam a vida”.
Sobre a questão do conhecimento acadêmico por parte dos escritores (digo eu: parece que todo escritor, para ser up-to-date, precisa fazer algum mestrado), ele desfere uma flechada certeira:
“Não há necessidade de saber tanto. O excesso de conhecimento destrói a audácia, a criatividade, a ousadia. Há que ser um pouco ignorante. Não muito. Só um pouco”.
Con permiso, assino embaixo.
A entrevista completa, em espanhol, está no saite:
http://www.culturamas.es/blog/2011/08/01/pedro-juan-gutierrez/
Excelente, precisa, clara a fala desse “animal tropical” que desmistifica… muita coisa. A começar pela vida em Cuba, sempre literariamente tratada.
Pincei uns trechos antológicos da entrevista:
“Escreve-se por assombro. Eu, ao menos, escrevo sempre a partir do assombro. Um costume que seguramente obtive fazendo jornalismo durante 26 anos.”
“Pensar é um luxo. Poucas pessoas neste planeta pensam. Com critérios próprios, esclareço. Por isso, os políticos de todas as épocas e em todos os países temem os escritores, os intelectuais, os filósofos. E os reprimem ou lhes dão prêmios, para calá-los e torná-los gratos. Somos uma espécie perigosa. Eu já rejeitei prêmios para que não me fodam a vida”.
Sobre a questão do conhecimento acadêmico por parte dos escritores (digo eu: parece que todo escritor, para ser up-to-date, precisa fazer algum mestrado), ele desfere uma flechada certeira:
“Não há necessidade de saber tanto. O excesso de conhecimento destrói a audácia, a criatividade, a ousadia. Há que ser um pouco ignorante. Não muito. Só um pouco”.
Con permiso, assino embaixo.
A entrevista completa, em espanhol, está no saite:
http://www.culturamas.es/blog/2011/08/01/pedro-juan-gutierrez/
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