sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Começos de narrativas 2






















Persone,  tentar ser um escritor de mil começos é mesmo um capricho, às vezes sem resultados. Assim, sigo, sendo atraente, o non, neste mister.

Chiao bambini!

Ecco qua:

"Ainda hoje me lembro de suas mãos a tocar-me. Olhava-o nos olhos, mas ele não tinha coragem de olhar-me. Os anos passaram-se e ele envelheceu em meu coração, em meus mais íntimos sentimentos de menino só, isolado do mundo das crianças, como um prisioneiro numa ilha remota descrita por Stevenson. Hoje sem ele a me dizer quem eu sou, fica difícil adivinhar quem eu sou. Às vezes, penso que não há espaço para alguém como eu nesse mundinho que mal cabe numa cabeça de um alfinete, diria uma costureira da Finlândia. Fiz-me homem, é verdade, mas que tipo de homem eu venho sendo? Gostaria de amar e ser amado. Era como ele parecia fazer-me sentir naqueles tempos quando eu era apenas um menino. Na verdade, não consigo amar e nem quero ser mais amado. Anos depois...
Eric beijou-me como sempre fazia quando nos encontrávamos. Para ele, não importava onde estávamos. Era como se ele dissesse: - “Olha aqui, eu ainda viveria com esse cara por mais uma eternidade!”. Ele olhou-me com carinho, mas havia ali, naquele olhar, alguma coisa que não parecia estar bem. Havia nele a cor da maldade... A cor que eu jamais esqueci."

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