quinta-feira, 27 de maio de 2010

Reflexões para uma semana morta















Vou falar de uma protuberância muito discutida, atualmente; não é o Himalaia, nem Everest e nem muito menos o monte Fuji, é a barriga!


A barriga tem sido problema e solução para muitos. Vejamos: no caso de solução, é só vê os comentários sobre o chamado “barriga de tanquinho”. Sempre chamando a atenção da mulherada; problema: quando ela consegue esconder o seu bilau!


Eu sempre pensei que a barriga fosse mesmo um sinal de status, ao assistir aos filmes de gângsteres. Al Capone era o seu maior exemplo. Tinham muitos, principalmente, na casa nostra; barrigudos a base de massa.


Os mais famosos barrigudos da história são muitos. Vou exemplificar alguns: comecemos com o nosso e, também, dos portugueses, Dom João VI. Sua majestade tinha mesmo um barrigão segundo as pinturas existentes nos museus; também pudera Joãozinho comia um frango besta. Tem Papai Noel, Sancho Pança - o fiel escudeiro do Cavaleiro da Triste Figura, Dom Quixote de La Mancha. Ah, me lembrei: o Gordo, da dupla Stan Laurel e Oliver Hardy e também, os que ficaram gordos depois de velhos como: Hitchcock, Orson Wells e Marlon Brando e por ai vai.


Eu sei que o Brasil tem produzido os seus barrigudos famosos também, senão vejamos: o Presidente Getúlio Vargas, já numa certa idade, o compositor pernambucano Antônio Maria, o indefectível Jô Soares, e o não menos indefectível Fausto Silva, mais conhecido com Faustão, e, mais recentemente, o Ronaldo, o fenômeno. Não! Tô brincando. O Ronaldo está apenas cheinho. Eu só sei que existe uma porrada de barrigudos por aí, escondidos no anonimato ou quem sabe escondidos por trás de suas proeminentes panças.


A barriga tem realmente sido um grande problema da sociedade moderna, principalmente, no que diz respeito às mulheres. Desesperadas, elas logo procuram um especialista quando uma pequena porção de gordura começa a aparecer e, reparem que eu não estou falando dos famosos pneuzinhos, mas pequenas barriguinhas que se formam nas laterais do buchão. É certo que, hoje, parte desse problema, já pode ser resolvido com uma lipo, contudo, essa saída, às vezes, tem sido, em vez de solução, um problema daqueles. Quantas vezes ouvimos ou lemos acerca de mortes provocadas pelas lipoaspirações? Então, essa saída para diminuir a referida protuberância, não é aconselhável em muitos casos, como se sabe.


O que sobra então? Os indesejáveis exercícios físicos! Estes, por sua vez, trazem consigo também problemas que podem em vez de solução, levar dissabores à saúde do barrigudo em questão, se usados erroneamente.


Como todos sabem, as academias estão ai, disseminadas como barracas de cachorro quente. Em toda esquina tem uma. É só pagar e você, homem, já pode olhar bundinhas subindo e descendo, ao som de alguma musica eletrônica daquelas que irrita até cachorro surdo.


Como se vê o que todos querem, é acabar com as indesejáveis protuberâncias como quem quer dar cabo do mosquito da dengue, por exemplo, ou ainda, como os eleitores que querem se ver livre dos malas lá de Brasília.


Por falar em mosquito da dengue, eu cheguei à conclusão de que os mosquitos não têm problema com as suas barriguinhas, muito menos os outros bichos. Realmente, eu nunca vi um Papa-Capim, o passarinho, comentando com outro sobre o assunto em questão: “Olha, a Papa Capim, do galho de baixo, tá malhando pra acabar com aquela barriguinha. E você, o que tem feito?”.


Até o camelo encontrou uma solução, que eu acho que podemos aprender com eles ou seja: mudar de posição a sua barriguinha de banha... Não, nada disso! Pensando bem, não dá, pois o único lugar pra onde a barriga migraria seria pras costas e ai, ficaríamos todos corcundas. Ninguém quer deixar de ser barrigudo pra virar um corcunda, não é mesmo? Eu, pelo menos não quero.


Num tem jeito. Temos que conviver com ela. Transformá-la numa companheira, cuja amizade pode nos trazer bem estar e segurança. Você não ficaria deprimido se pudesse contar com ela para soltar-se, confessar todas as suas frustrações, etc. Mas teria um problema: quem não gostaria disso seriam os psicólogos e os psiquiatras, que perderiam os seus pacientes e, por conseguinte, as suas profissões. Já pensou um psiquiatra comentado, triste e solitário no balcão de um bar esfumaçado, em plena madrugada, pro garçom: “Acabei de perder mais um paciente! Enquanto o garçom lhe pergunta, curioso: “Ele se matou?”Ao que o médico responde “Não, ele conseguiu fazer amizade com a sua barriga!”Cruel, não é mesmo, mas pode ser uma solução. Quem sabe, né?!


Assim, aconselho a todos que adquiriram essa amiga dileta e companheira de todos os momentos, a aceitá-la e a trocar com ela algumas ideias e, se possível, que seja num boteco da hora, bebendo um chopinho bem gelado, acompanhado por um torresminho.

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