quinta-feira, 13 de maio de 2010

NEGROS CONTRA O CONSERVADORISMO E O RACISMO








"NEGROS CONTRA O CONSERVADORISMO E O RACISMO
por Rodrigo Vianna

Neste dia 13 de maio, passados 122 anos da lei áurea, o movimento negro tem como palavra de ordem “por uma verdadeira abolição”. Os afrodescendentes são vítimas diárias de discriminação social e da violência policial. Negros constituem a maior parte da população das favelas e, conseqüentemente, sofrem pela habitação precária com falta de saneamento, educação e serviços de saúde.

Estudos indicam que um jovem negro tem três vezes mais chances de ser executado do que um jovem branco. Foi o que aconteceu recentemente com os motoboys negros assassinados por policiais militares em São Paulo – um foi morto dentro do quartel e o outro, diante da mãe.

Diversas entidades exigem um posicionamento de Alberto Goldman (PSDB), governador de São Paulo, sobre os episódios e a punição dos culpados. Leia abaixo entrevista com Douglas Belchior, integrante da Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras(os) e Classe Trabalhadora), sobre as demandas do movimento. A reportagem é da Radioagência NP

===


Movimento negro quer explicações sobre assassinatos

Organizações do movimento negro devem protocolar um documento exigindo que o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), dê explicações sobre a série de assassinatos de jovens negros cometidos por policiais militares. Os movimentos fazem referência às mortes dos motoboys Eduardo Luis Pinheiro dos Santos, morto dentro de um quartel da Polícia Militar, e Alexandre Menezes dos Santos, assassinado por policiais diante da mãe na porta de casa, na capital paulista.

O integrante da Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras(os) e Classe Trabalhadora), Douglas Belchior, explica o objetivo dos movimentos:

“Nós não vamos continuar morrendo sem fazer nada. Além da explicação pública, vamos exigir a punição [aos criminosos] e o posicionamento do governo em relação a essas arbitrariedades. A juventude e a população negra e pobre sofrem cotidianamente com a violência da polícia. Não tenha dúvida de que a ação da polícia é reflexo de um pensamento na Par



As organizações também querem explicações sobre a chacina na Baixada Santista em abril, que provocou a morte de 17 jovens, a maioria negros e sem antecedentes criminais.

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo abriu inquéritos policiais para investigar os assassinatos. Os movimentos negros, entretanto, não têm confiança nas apurações. Para Douglas, enquanto couber à polícia investigar a si mesma os crimes não serão apurados.

De janeiro a março deste ano, 146 pessoas foram assassinadas por policiais no estado de São Paulo. O número é 40% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.
===

Para informações sobre a manifestação que ocorrerá hoje, em São Paulo, clique aqui:"
http://www.uneafrobrasil.org/13%20de%20maio_2010.pdf

Nenhum comentário: