sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A noite da cidade
A NOITE DA CIDADE
As luzes cintilavam nos edifícios.
Num deles, uma janela aberta.
Um homem e uma mulher.
Ele arriou as calças. Ela ajoelhou e olhou-o.
Ele sorriu.
Ela avermelhou a face branca.
Ele puxou a cabeça dela pra frente.
Ela deixou-se levar, abriu a boca e salivou.
Uma batida na porta. Ela, desesperada, cerrou os dentes.
Ele gritou, desesperado, não pela mordida, mas por ver o marido dela apontando-lhe uma pistola.
Ela gritou.
O marido gritou.
A pistola gritou e a sirene da ambulância também.
As luzes dos edifícios continuaram cintilando.
Num deles, uma janela aberta...
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