Hic!.... Huuuuuugo!

Como dizia o poeta escocês, Ian McDrurys, nem só de bebida vive o alcoólatra, mas também de ressaca e enjôo.

III Grupo de Estudos e Discussão em Filosofia, hoje!

Chico Preto e a dita cuja

(concepção artística minha da foto de André Pinheiro)

CHICO PRETO E A DITA CUJA

Gente, sábado que passou, eu resolvi ir até o Café e Cultura, lá no Mercado Velho de Itajaí. Sabia, de antemão, quem iria tocar; Chico Preto.

Chico, pra quem não conhece é o maior percussionista da atualidade em Santa Catarina, em minha opinião. O cara tem tudo pra ser do Nordeste. Como sempre digo pra ele: “Chico se você for pra Recife nunca mais volta, nêgo!”.

Chico toca com diversas formações musicais aqui na região e sábado foi a vez do “Chico Preto e a Dita Cuja”. E “again”, “Black Francis”, como o chama o jornalista André Pinheiro, matou a pau! Foi uma noite onde Chico e a Dita Cuja, derramou musicalidade e suingue por tudo que canto no mercado: ele foi de Lenine, passou por outro Chico, o César, entrou pela Cassia Eller, saiu batendo forte com (mais um Chico!) Chico Science & Nação Zumbi, sartou um Marcelo Yuka, depois subiu no orgulho próprio e mandou ver composições suas e de parceiros locais.

Está de parabéns Chico Preto e a Dita Cuja, pelas horas de alegria e balanço que nos proporcionou a todos.

Ah, só quem não balançou foram os vasos de barro e os cestos de vime, que não podiam dançar, pois se pudessem, tinham caído na dança também!

Dez(onze)classificados

DEZ(ONZE)CLASSIFICADOS

*Alemoa Linda. Sexo animal e outras emoções nazivaginais. Gosta de cachorro, gato, papagaio e tartarugas. Preços a combinar depois da sessão de chibatadas e um Heirhitler.

*Dudinha Peituda. Como diz o próprio nome, seu maior trunfo é o sexo mamário. Serve champanhe no próprio sutiã! Dois por vez em cada um mamilo! Aceita: cartão (todos, inclusive os de visita!), cheque ou vale leite.

*Karola Karolinha. Aparentemente virgem, exímia em sexo anal doído. Aceita até dois parceiros ao mesmo tempo, desde que sejam gente. Grana adiantada! Atenção: tabela de preços novos. Justificativa: operação de hemorróida!

*Piccola Luchiana. Especialidade sexo oral: ao dente e pomodoro. Conhecida como 3 em 1. Aceita cliente com deficiências motoras e afins. Gosta de ouvir ópera durante o trabalho. Desconto para os descendentes da “famiglia” que trouxerem qualquer tipo de pasta.

*Pedrita. HardSexo. Leva e dá porrada. Especialista nas seguintes posições: martelo, alicate e tesoura. Só aceita dinheiro vivo, caso contrário, morto é quem tentar passar-lhe a perna!

*Milongagueira. Sexo latino da maior qualidade. Especialista em sexo conhecido como La Mano Dedio. Atenção: Favor não reclamar do chimarrão durante o trabalho. Se desejar pitar na cuia, tem que trazer a erva e pagar uma taxa extra.

*Biuzinha da Rede. Conhecida pelo sexo jerimum. Só não gosta de farinha molhada durante o trabalho. Banho de ervas: coentro, arruda, hortelã miúda e espinho de mandacaru. Aceita até 3 parceiros na mesma rede. Atenção: usa pinico e bacia! Pagamento: dinheiro, barra de rapadura, litro de cachaça (só as de 8 anos pra cima) e uma viagem de ida e volta na Itapemirim para o Nordeste.

*Clô do Fole. A rainha da bombacha. Conhecida como Sexo minuano ou Clô dos 8 foles. Não aceita qualquer tipo de farrapo. Aviso: não mexer no quadro do velho caudilho, senão a coisa vai pros pampas, tchê!

*Buchinho Verde. Conhecida como o maior parque de diversão do sul do Brasil! Galega danada por sexo grupal. Aceita, nos fins de semana, times de futebol de salão, grupos de ecologia, grupos de seminaristas e de escoteiros. Dinheiro não é problema!

*Noviça da Candelária. Faz sexo habitual, ou seja, sem tirar o hábito. Especialidade sexo gregoriano. Até 6 por vez. Aceita donativos! TFP, Opusdei, padres e sacristãos pagam metade.

* Vovó Didoninha. Sexo maduro e experiente. Especialidade: oral com e sem dentadura. Parece um moçinha; usa pedra hume! Conta historinhas. Reservas pelo telefone do asilo Candinho de Jesus.

Por pouco Nietzsche não chorou

A propósito dos encontros de filosofia de que ando participando,discudindo o trabalho do filosofo alemão Friedrich Nietzsche, o meu amigo, jornalista, cronista e poeta Felipe Damo, me emprestou o DVD “Quando Nietzsche Chorou”, direção de Pinchas Perry, com Amand Assante - no papel de Friedrich Nietzsche e Ben Cross no papel de Dr. Josef Breuer. Claro que o encontro desses dois grandes homens; um para a filosofia e outro para a psicanálise, é de brincadeirinha. Nunca aconteceu. Dr. Breuer, que, na história fictícia, é convocado a tratar as famosas enxaquecas e as vontades suicidas do grande filósofo alemão, escreveu (aí é de vera), em colaboração com Sigmund Freud, o famoso livro “Estudos sobre a Histeria”. Sig, ou Dr. Freud, interpretado pelo jovem ator Jamie Elman, aparece aqui e ali pelo filme, ajudando o Dr. Breuer a entender seus próprios fantasmas e a lidar com os tormentos de Nietzsche, até então, apenas um polêmico professor apaixonado por uma jovem russa, Lou Salome, interpretada pela insossa atriz Kather Winnick. Aliás, meio insossa também é a interpretação de Jamie Elman, como Freud. Na verdade, o que salva mesmo o filme, é ainda o velho ator Armand Assante, como o grande filósofo. Mesmo a atuação de Cross não me convenceu, mas dou um 7 pra ele. A direção também me pareceu um tanto titubeante, além, é claro, da transposição de época, que achei meia-boca. Contudo, devemos entender que se trata de uma produção, digamos assim, independente, sem nenhum grande estúdio por trás. Não que quisesse ver o Nietzsche na pele de Leo de Caprio, mas gostaria de uma produção mais elaborada. Mas, ainda assim, valeu, pois me fez retornar ao livro de Irvin Yalom, que li faz um certo tempo, e principalmente, como disse no começo, estou participando do Grupo de Estudos e Discussão em Filosofia, onde Nietzsche é o cara. Ah, em tempo, foi meio chato ver Nietzsche chorar, mas como todo homem apaixonado é mesmo uma..., eu tive que relevar.

Diplomado Recifense Praticante!

Que maravilha! Cheguei a engolir seco e até marejei os oinhos quando recebi esse diploma! Brigadooo, Maria do Socorro Costa, minha querida sobrinha!

Praticante eu sou, por que leio sobre a cidade, diariamente, através de seus jornais e por que tenho a cidade correndo em minha veias, como se elas fossem o Capibaribe e o Beberibe e eu o próprio Recife.

A lua e o haicai

Lua cheia.
Debruçou-se na janela.
Flores brancas sobre o caixão.

E Nietzsche chorou!

Philosophie weiblich!

Os últimos dias de Nietzsche em Turin

Enquanto isso, Sylvia Plath

EU SOU VERTICAL

Sylvia Plath

Mas não que não quisesse ser horizontal.

Não sou árvore com minha raiz no solo

Sugando minerais e amor materno

Para a cada março refulgir em folha,

Nem sou a beleza de um canteiro

Colhendo meu quinhão de Ohs e me exibindo em cor,

Desconhecendo que me despetalo em breve.

Comparados a mim, uma árvore é imortal

E um pendão nada alto, embora mais assombroso,

O que eu quero é a longevidade de uma e a audácia do outro.

À luz infinitesimal das estrelas,

Flores e árvores trescalam seus frios perfumes.

Eu me movo entre elas, mas nenhuma me nota.

Chego a pensar que pareço o mais perfeitamente

Com elas quando estou dormindo —

Os pensamentos esmaecem.

É mais natural para mim deitar.

Céu e eu então animamos a prosa,

Hei de servir no dia em que deitar afinal:

E as árvores aí talvez em mim tocassem e as flores comigo se ocupassem.

Desconstruindo Mona

O diabo vai estar solto qualquer dia desses!