A FLOR E O BICO-DE LACRE
O capim crescia ao redor do que um dia fora um belo e cuidado jardim. As ervas daninhas e um turbilhão de carrapichos balançavam ao vento. Olhei de soslaio e vi um bico-de-lacre solitário molestando uma flor. Ele insistia como quem exigisse mais do que ela pudesse lhe dar.
A flor, imóvel, não resistiu ao assédio como se quisesse se doar completamente. Fixei meu olhar nesse cenário. Finalmente, o pássaro cansou e voou pra longe, saciado.
A flor, por sua vez, retomou o viço de antes e, recomposta, ficou pronta para um pardal que acabara de chegar, pinoteando como um indigente perdido. Sem saber o que fazer, ele decidiu ir embora e, em vez de voar, saiu saltitante ao encontro de seus pares, que estavam por perto em algazarra, como rapazes delinqüentes.
Voltei-me rapidamente, para ver se ainda via o bico-de-lacre e, pra sorte minha, lá estava ele ainda em pleno vôo. Decidido, planou mais um pouco à direita e desapareceu por entre as copas das árvores, não deixando mais rastro de sua presença no céu.
Minha atenção voltou-se para a tela do meu computador, a qual exibia um poema que eu acabara de escrever para uma moça com nome de flor e cujo olhar era míope em relação mim.
Vendo que já escrevera o bastante para ela e sobre ela, voei pela janela em direção às copas das árvores, para onde todos os pássaros à procura de amor sempre voam.
O capim crescia ao redor do que um dia fora um belo e cuidado jardim. As ervas daninhas e um turbilhão de carrapichos balançavam ao vento. Olhei de soslaio e vi um bico-de-lacre solitário molestando uma flor. Ele insistia como quem exigisse mais do que ela pudesse lhe dar.
A flor, imóvel, não resistiu ao assédio como se quisesse se doar completamente. Fixei meu olhar nesse cenário. Finalmente, o pássaro cansou e voou pra longe, saciado.
A flor, por sua vez, retomou o viço de antes e, recomposta, ficou pronta para um pardal que acabara de chegar, pinoteando como um indigente perdido. Sem saber o que fazer, ele decidiu ir embora e, em vez de voar, saiu saltitante ao encontro de seus pares, que estavam por perto em algazarra, como rapazes delinqüentes.
Voltei-me rapidamente, para ver se ainda via o bico-de-lacre e, pra sorte minha, lá estava ele ainda em pleno vôo. Decidido, planou mais um pouco à direita e desapareceu por entre as copas das árvores, não deixando mais rastro de sua presença no céu.
Minha atenção voltou-se para a tela do meu computador, a qual exibia um poema que eu acabara de escrever para uma moça com nome de flor e cujo olhar era míope em relação mim.
Vendo que já escrevera o bastante para ela e sobre ela, voei pela janela em direção às copas das árvores, para onde todos os pássaros à procura de amor sempre voam.
2 comentários:
Helinho!
adorei a visita no meu modesto espaço virtual.
saudades de tu.
está lindo teu blog.
besitos.
Barbie! Obrigado pela visita também, my dear.
O seu blog é chic, tem mais charme, principalmente, pelas pessoas Vips que estão sempre por lá, como Enzo Morales Potel, Alex Fazcimento, Gui Manéguelhe e muchos outros. Um luxo só!
Valeu! Mil besitos!
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